Alguns colegas do curso deviam perguntar-se por que eu falava pouco e, não era por acaso, pois pensar em algo, dizer outra coisa e pronunciando diferente, criaram situações que hoje as vejo tão divertidas. Como aquele dia que me senti a tarada numero 1 da faculdade.
Era meio-dia e estava com muita fome, o ronco estrondeante chateava minha mudez, então decidi sair um pouco antes de terminar a aula e assim me dar tempo de encontrar o famoso “RU” (restaurante universitário). Fui à secretaria do curso e perguntei para o Luiz como chegar ao refeitório, mas ele não me respondeu, apenas olhou e continuou trabalhando; então resolvi voltar para meus colegas e insistir na pergunta - “onde fica o comedor da universidade, como acho o comedor?”, mas não encontrei resposta que me servisse, a não ser quando mudei a pergunta.
Depois dessa confusão, todos os dias almoçava no RU, eu comia de bandejão.
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